sexta-feira, 28 de maio de 2010

As mulheres, os jornais e a 1ª República


Os alunos da turma do 7ºA, aquando da visita à Exposição sobre o Centenário da República, na Biblioteca de Évora, tomaram contacto com alguns dos periódicos da época que os motivaram a ler as notícias de tempos tão recuados.
Uma das notícias, cujas páginas se reproduzem, chamou-lhes particularmente a atenção por se tratar de um protesto de mulheres, mais propriamente das criadas de hotel. Esta notícia foi objecto de leitura na sala de aula seguida de um pequeno debate sobre as condições sociais da mulher no início do século XX.
Passaram 100 anos! Os jovens alunos puderam tomar consciência da diferença colossal entre a situação actual da mulher em relação à de outrora. Quanta Luta!


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Teófilo Braga, por Raquel Copeto do 6ºC e João Santos do 6º B. Ainda as contribuições em prosa e em verso do 6º A e C


O SAL E A ÁGUA
Um rei tinha três filhas e perguntou a cada uma delas, por sua vez, qual era a mais sua amiga. A mais velha respondeu:
– Quero mais a meu pai do que à luz do Sol.
Respondeu a do meio:
– Gosto mais de meu pai do que de mim mesma.
A mais moça respondeu:
– Quero-lhe tanto como a comida quer o sal.
O rei entendeu por isto que a filha mais nova não o amava tanto como as outras, e pô-la fora do palácio. Ela foi muito triste por esse mundo fora, até chegou ao palácio de um rei. Aí ofereceu-se para ser cozinheira. Um dia veio para a mesa um pastel muito bem feito, o rei ao parti-lo achou um anel muito pequeno e de grande preço. Perguntou a todas as damas da corte de quem seria aquele anel. Todas quiseram ver se o anel lhes servia: foi passando, até que foi chamada a cozinheira e só a ela é que o anel servia. O príncipe viu isto e ficou logo apaixonado por ela, pensando que era de família de nobreza.
Começou então a espreitá-la, porque ela só cozinhava às escondidas, e viu-a vestida com trajos de princesa. Foi chamar o rei, seu pai, e ambos viram o caso. O rei deu licença ao filho para casar com ela, mas a menina tirou por condição que queria cozinhar pela sua mão o jantar do dia da boda. Para as festas de noivado convidou-se o rei que tinha três filhas, e que pusera fora de casa a mais nova. A princesa cozinhou o jantar, mas nos manjares que haviam de ser postos ao rei seu pai não deitou sal de propósito. Todos comiam com vontade, mas só o rei convidado é que não comia. Por fim perguntou-lhe o dono da casa, por que razão é que o rei não comia. Ele respondeu, não sabendo que assistia ao casamento da filha:
– A comida não tem sal.
O pai do noivo fingiu-se raivoso e mandou que a cozinheira viesse, ali, dizer por que é que não
tinha deitado sal na comida. Veio então a menina vestida de princesa, mas assim que o pai a viu, conheceu-a logo, e confessou ali a sua culpa, por não ter percebido quanto era amado por sua filha, que lhe tinha dito, que lhe queria tanto como a comida quer o sal, e que depois de sofrer tanto nunca se queixara da injustiça de seu pai.
Teófilo Braga

Adolfo Coelho, o contributo do 6ºF


Francisco Adolfo Coelho nasceu em Coimbra, 15 de Janeiro de 1847, faleceu em Carcavelos, dia 9 de Fevereiro de 1919.

Foi um filólogo, escritor e pedagogo, autodidacta, que foi uma das figuras mais importantes da intelectualidade nos finais do século XIX.

Foi um autodidacta, apesar de aos quinze anos (1862-1864) ter frequentado a Universidade de Coimbra. Em Lisboa foi aluno do Curso Superior de Letras e mais tarde foi professor de Linguística.

Ao longo da sua vida realizou notáveis trabalhos em pedagogia. As suas concepções pedagógicas assentavam na convicção que através da educação seria possível regenerar o país. Combateu a submissão do ensino às ideias religiosas. Organizou um importante Museu Pedagógico na Antiga Escola do Magistério Primário de Lisboa.

BELA MENINA Doc4


domingo, 23 de maio de 2010

António Thomaz Pires, um alentejano, um homem das Letras da República, pelo 5ºD

Era o “Antoninho das cantigas” no dizer da gente simples que “recolheu o dom que deixa ouvir o silêncio, que na alma impalpável, esfrangalhada, dos Sítios e das Ruínas..."


Contos Populares Alentejanos-António Thomaz Pires

ANTÓNIO THOMAZ PIRES