terça-feira, 22 de junho de 2010

Mensagem de agradecimento

A Comissão Dinamizadora das Comemorações do Centenário da República agradece o empenhamento, a motivação e a disponibilidade demonstrados por todos os elementos da comunidade educativa, pais e encarregados de educação, alunos, docentes, funcionários, entidades locais e a inestimável colaboração do Eborae Musica, na concretização das actividades inerentes ao Projecto do Centenário da República. A Comissão agradece também à C.C.R.D.A. a disponibilização do seu auditório para a realização do espectáculo de encerramento do primeiro ano deste projecto.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Os apresentadores do espectáculo e os anfitriões


O concerto, a orquestra, o coro, o Canto Torna Viagem e o Hino Nacional - "O Hino contado e cantado"

"O meu primeiro discurso" pelo Clube Estórias da História

BOA NOITE!
O meu primeiro Discurso

No meu primeiro dia de aulas, na Escola E.B.I. André de Resende senti medo do desconhecido que aí vinha e até chorei. Tudo era novo!
Caminhei para a sala de aula, entrei e conheci os meus colegas de turma e revi outros mais antigos. Fizemos a apresentação com a directora de turma: nome, idade, passatempos, entre outras coisas. E, no resto da aula estabelecemos as regras de funcionamento da sala de aula.
No intervalo brinquei e fiz novas amizades. Os dias foram passando, comecei a habituar-me e a gostar, vir para a escola passou a ser aliciante.
Aprendi matérias novas, e, como se formou o meu País. Não foi fácil, implicou muito empenhamento, esforço, dedicação e luta. (Entre as brumas da memória, ó pátria sente-se a voz, dos teus egrégios avós, que hão-de levar-te à vitória).
E o tempo passou… Cheguei à minha matéria favorita, os descobrimentos, e, descobri que os portugueses foram únicos neste empreendimento, demos novos mundos ao mundo, conhecemos novas gentes, novos mares, novos animais e novas plantas… (Heróis do mar, nobre povo, nação valente, imortal)
Os dias foram ficando maiores e rapidamente chegou o calor e o fim do ano. Vieram as férias, a praia e o descanso merecido.
E de novo o regresso…
Desta vez, o meu primeiro dia de aulas foi muito divertido, já não tive receio, e não chorei.
Nas aulas relembrámos a matéria já dada no ano anterior e começámos a aprender novos conteúdos.
Aprendemos que houve venturas e desventuras e Portugal sempre conseguiu vingar e encontrar uma solução. (Levantai hoje de novo o esplendor de Portugal).
Nunca cruzámos os braços, lutámos sempre. (às armas, às armas, sobre a terra e sobre o mar! Às armas, às armas, pela pátria lutar!).
E aprendi com a História, que nunca devemos desistir e devemos defender aquilo em que acreditamos. Assim, aqui estamos hoje porque alguns acreditaram que era possível mudar e manter o “…o esplendor de Portugal.”

Desejamos a todos um agradável “Serão”.

A exposição na C.C.D.R. Alentejo

Viva a República!-Expo

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, celebrado a 10 de Junho, é o dia em que se assinala a morte de Luís Vaz de Camões em 1580.
Com a Proclamação da República Portuguesa de 5 de Outubro de 1910, foi publicado um decreto em 12 de Outubro estipulando os feriados nacionais.
Neste decreto ficaram consignados os feriados de 1 de Janeiro, Dia da Fraternidade Universal; 31 de Janeiro, que evocava a revolução falhada do Porto, evocando os mártires da República; 5 de Outubro, Dia dos heróis da República; 1 de Dezembro, o Dia da Autonomia (Restauração da Independência) e o Dia da Bandeira.
Lisboa escolheu para feriado municipal o 10 de Junho, em honra de Camões, o poeta que escreveu Os Lusíadas.
O 10 de Junho começou a ser particularmente exaltado com o Estado Novo, o regime instituído em Portugal. Foi a partir desta época que o dia de Camões passou a ser festejado a nível nacional.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Uma homenagem a Sophia de Mello Breyner Andresen, criadora de Vanina

Sophia, a mulher, a poeta (como pretendia que se dissesse), nasceu poucos anos após a Implantação da República, em 1919.
Era uma Mulher, uma mulher de causas. Foi dirigente de movimentos universitários católicos e denunciou as injustiças do regime salazarista e dos seus seguidores mais radicais, tendo uma actuação cívica relevante na defesa das liberdades. Foi co-fundadora da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos e presidente da Assembleia-geral da Associação Portuguesa de Escritores.
Ao Dia da Liberdade chamou-lhe “ o dia inicial inteiro e limpo” e alguns dias depois, no 1º de Maio, milhares de homens e mulheres gritavam uma palavra de ordem lançada por Sophia: “A Poesia está na rua”.

« Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.»


Sophia de Mello Breyner Andresen





Sophia é autora de uma vastíssima obra, dela queremos salientar O Cavaleiro da Dinamarca, um texto que inclui diferentes histórias encadeadas. Numa dessas histórias conhecemos Vanina, «uma bela jovem que ousou lutar pela sua liberdade e trocar as voltas ao destino», "Vanina Vanini - Uma história de amor possível" é uma adaptação do texto de Sophia criada nas aulas de Escrita Criativa.

O 25 de Abril de 1974, André Almeida, Diogo Vidinha e João Banha, 5º B



 Houve uma altura, em Portugal, em que as pessoas não eram livres.
Não eram livres de falar, de discordar, não eram livres de dar a sua opinião. Tinha de se ter muito cuidado com o que se dizia e com o que se escrevia. Se as pessoas não o fizessem iam presas. Mas vários grupos de homens e mulheres de grande coragem começaram a revoltar-se e, apesar de muitos terem ido presos, muitos continuaram a reunir-se em segredo e um dia conseguiram reunir forças para libertar o país desse governo a que chamavam Ditadura porque os homens só podiam fazer o que lhes era ditado.
 Nesse dia muita gente festejou com os soldados que libertaram o país. Os homens que lideraram a revolução ficaram conhecidos como os capitães de Abril.
E mais importante ainda a nossa liberdade foi conquistada sem se derramar sangue. Sem ter havido uma morte sequer.
 Uma florista que ia a passar levava cravos na mão e começou a oferecê-los aos soldados. Assim o 25 de Abril é festejado como o dia da liberdade em Portugal e os cravos  são o seu símbolo.  

25 de Abril de 1974

terça-feira, 1 de junho de 2010

Salazar, por Ana Catarina e Carolina Duque. Uma carta dirigida a Salazar em 1966, um pedido de Liberdade de alguns "velhos, muito velhos" republicanos

salazar                                                                      CartaaSalazar

Anos de Ditadura, Carolina Duque, João Silva, Maria Galésio, Inês Almaça e Ana Pires







O regime monárquico terminou no dia 5 de Outubro de 1910. O primeiro chefe que governo foi Teófilo Braga, tendo sido no ano seguinte eleito Manuel de Arriaga. Este governou com base numa nova Constituição. A bandeira verde e vermelha republicana substituiu a azul e branca monárquica.
Nos dezasseis anos seguintes Portugal viveu um período de grande instabilidade política. O povo ficou descontente, de tal maneira que foi organizado um golpe de estado chefiado pelo general Gomes da Costa, tendo sido colocado um ponto final na I República.
Gomes da Costa confessou a um jornal da época que a situação se tornara insuportável para o Exército e que o país avançava para o abismo, de tal maneira que Gomes da Costa se revoltou.
A vitória de Gomes da Costa foi muito aplaudida, e tropas do país aderiram ao golpe de estado. O almirante José Mendes Cabeçadas assumiu a presidência. A partir dessa altura deixou-se de realizar eleições livres e o governo passou a ser escolhido pelos militares. Foram proibidas as greves, as manifestações, e apareceu a censura. Foi então escolhido um professor da Universidade de Coimbra para ministro das finanças, e o seu nome era José de Oliveira Salazar, o qual rejeitou o cargo. Passados dois anos foi eleito presidente da ditadura Óscar Carmona. António Oliveira Salazar foi um crítico relativamente ao rumo que as finanças levavam, e voltou a ser convidado. Aceitou. A nova política financeira foi poupar. Aumentou as receitas e diminuiu as despesas. Pouco a pouco Salazar tornou-se o líder político da ditadura assumindo a Presidência do Conselho. Criou a União Nacional, o único partido autorizado, e a PVDE, a polícia política. Em 1933 foi aprovada uma nova Constituição instituindo o Estado Novo, o qual adoptava a Igreja, a Pátria e a Família como pilares do regime. A nova Constituição limitava a liberdade de expressão tendo os censores, através do célebre lápis azul, o poder de decidir o que era ou não publicado nos jornais.
Na Alemanha e Itália dominava o Fascismo. Salazar inspirado nessas ideologias fundou a Mocidade Portuguesa, para crianças e jovens, e a Legião Portuguesa que era um tipo de exército destinado a defender a nação da ameaça comunista.
Foi sobretudo a partir de 1930 que os Portugueses deixaram de ter liberdade de expressão. Quem arriscava era perseguido, torturado e preso.
Os campos de concentração eram a pior tortura, onde os presos eram isoladas, deixados ao abandono sem quaisquer condições chegando mesmo a morrer.
O Estado Novo impôs disciplina e ordem, ao ponto de castigar severamente todos aqueles que se manifestavam contra o regime de Salazar.
O regime salazarista investiu muito em infra-estruturas, foi nesta altura que se inaugurou a Ponte de Lisboa - então chamada Ponte Salazar e depois baptizada ponte 25 de Abril.
Portugal estava com muitas dificuldades, de tal forma que nos anos quarenta começou a faltar comida e houve greves e protestos nos campos agrícolas e nas fábricas. Muitos portugueses foram obrigados a emigrar.
Salazar já tinha mais de 60 anos. Apesar da idade, continuava a ter forças para calar todos aqueles que lutavam contra o seu regime, transformou a PVDE em Polícia Internacional do Estado (PIDE), perseguindo todos aqueles que se opunham ao regime salazarista.

Salazar-Inês Almaça e Ana Catarina Pires