sábado, 6 de março de 2010

Mulher da República, Carolina Beatriz Ângelo, pelo João do 5ºA



Carolina Beatriz Ângelo nasceu na cidade da Guarda em 1877.

Em Lisboa, concluiu o curso na Escola Médico Cirúrgica em 1902, ano em que casou com Januário Barreto, seu primo, médico e activista republicano.

Foi a primeira médica portuguesa a operar no Hospital de São José, em Lisboa, sob a orientação de Miguel Bombarda.
Com a publicação da primeira lei eleitoral da República, Carolina Beatriz Ângelo previu a hipótese de ser admitida a votar já que este direito era concedido apenas a cidadãos portugueses com mais de 21 anos que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família.
Invocando a sua qualidade de chefe de família, uma vez que o marido tinha falecido em 1910 e era Carolina Beatriz Ângelo quem havia assumido a educação e guarda da filha menor, pediu à comissão de recenseamento a inclusão nos cadernos eleitorais.
Em consequência desta recusa, apelou então para o tribunal, entregando em 24 de Abril de 1911 uma petição, no Tribunal da Boa Hora, onde pedia o direito de votar com base nas razões que tinha invocado junto da comissão de recenseamento.

Em 28 de Abril de 1911, o Juiz, Dr. João Baptista de Castro, pai da militante republicana Ana de Castro Osório, proferiu sentença ordenando a inclusão de Carolina Beatriz Ângelo nos cadernos eleitorais.

Desta forma, Carolina Beatriz Ângelo conseguiu obter o direito de votar para a Assembleia Constituinte em 28 de Maio de 1911, tornando-se a primeira mulher a exercer esse direito em Portugal.


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