A corça da maçã de ouro,
Era uma vez uma senhora que tinha um filho chamado Joaquim, vivia no meio do bosque, era uma família muito pobre e por isso tinham de ir apanhar lenha ao bosque e muitas outras coisas essenciais para a sua sobrevivência.
Um dia, quando o Joaquim foi apanhar lenha ao bosque, apareceu uma corça com uma maçã de ouro ao pescoço. E a corça perguntou-lhe:
- Queres ir comigo à minha cova? Se lá fores dar-te-ei muitas riquezas.
Mas, de repente, ele ouviu uma voz que dizia que não aceitasse nada, apenas aquela maçã de ouro que trazia ao pescoço. O Joaquim falou com a corça e pediu-lhe a maçã e a corça deu-lha.
O rapaz abriu a maçã e no mesmo instante apareceram quatro gigantes que lhe concederam três desejos.
E o Joaquim pediu-lhe que levassem toda aquela lenha para sua casa.
E os gigantes acederam ao seu pedido. O Joaquim abriu de novo a maçã de ouro para pedir outro desejo, ter um palácio com uma princesa. Assim aconteceu, só que o homem que tinha muita inveja do Joaquim e foi denunciá-lo a bruxa. Ela fez o palácio desaparecer e nesse mesmo instante formou-se numa praia onde o Joaquim e a princesa apareceram nus.
O Joaquim e a princesa ficaram chorando a sua vida, ele disse à princesa para ela ir para casa de seu pai que ele ficaria bem.
E a princesa assim o fez. O rapaz ia vagueando pela praia e encontrou uma velhinha, que era Nossa Senhora, mas ele não sabia. Ela perguntou-lhe para onde ia. Joaquim respondeu-lhe que andava por ali e ela disse-lhe que ia achar gatos muito gordos, mas ele não deveria agarrar nenhum a não ser um gato lazarento e esse ele deveria levá-lo consigo.
E ele assim o fez.
Mais adiante o rapaz encontrou um barco e entrou nele.
O homem que tinha roubado a maçã de ouro avistou o rapaz e mandou-o prender numa torre toda fechada. O homem só lhe dava uma fava por dia, o rapaz comia metade e a outra metade ficava para o seu gato. O gato achava muitos ratos e partilhava-os com o rapaz.
Uma vez, o gato espreitou para um buraco e viu um papelinho. Ele começou a miar para chamar a atenção do rapaz e ele foi ver o que se passava e viu que era uma carta para ele vinda do rei dos ratos.
O rei queria saber o que é que ele podia fazer para o Joaquim e o seu gato não comerem os ratos. O Joaquim mandou dizer que só queria a sua maçã de ouro. O rei dos ratos mandou formar todos os ratos para procurarem a maçã de ouro do rapaz.
Os ratos foram retirar a maçã de ouro ao homem quando ele estava a dormir, tiraram-lha com muito jeitinho e um deles mexeu-lhe com a cauda no nariz. O homem espirrou e levantou a cabeça. Os ratos tiraram-lhe o cordão do pescoço.
Depois foram entregar a maçã de ouro ao Joaquim que estava preso na torre.
O Rei dos ratos devolveu a maçã de ouro ao Joaquim e ele abriu de novo a maçã e novamente apareceram os quatro gigantes que perguntaram:
- Tu, que queres?
E o rapaz disse que só queria o seu castelo e a sua princesa. Então apareceu tudo como era e viveram felizes para sempre.
O Coelhinho Branco,
por Marta Sousa, Amanda Calheiros, Ana Teresa, Ion Sandu, Vasco Vieira
Havia uma princesa que costumava pentear-se, olhando o seu jardim pela janela.
Todos os dias via um coelho passear por entre as suas flores e árvores. Certo dia estando a princesa a pentear-se, o coelho levou-lhe o pente.
Alguns dias depois estando novamente a pentear-se, o coelhinho voltou e levou-lhe o laço. Passado mais algum tempo o coelho regressou e tirou-lhe o anel.
O coelhinho nunca mais voltou e a princesa adoeceu.
Chamaram-se os médicos, mas não conseguiram descobrir a causa da doença.
O seu pai, vendo que a princesa estava cada vez mais doente, não parava de chorar.
A sua aia, que era muito sua amiga, sabia a causa da doença.
A princesa sonhou que bebendo um pouco de água de uma fonte distante do palácio saúde lhe daria. Pediu à aia para ir buscar um pouco de água dessa fonte, e ela assim o fez.
Quando chegou, viu um preto encher uns barris, dizendo:
-Abre-te chão!
E o chão imediatamente se abriu, e então apareceu um rico e maravilhoso palácio.
A aia escondida observou atentamente um negro que trazia uma bacia e um jarro de ouro e deitava barris de água dentro da bacia. Passado um bocado viu o coelhinho, que costumava ir ao jardim, meter-se na bacia de água, fazendo-se num lindo príncipe.
O coelho, que na realidade era um príncipe, tirou de uma gaveta um pente, um laço e um anel e disse:
-Pente, laço, anel de minha senhora,
Vejo a ti, não vejo a ela,
Ai de mim, que morro por ela!
Depois, guardando tudo, voltou a entrar na bacia de água, tornando-se outra vez no coelhinho branco e fugiu.
Quando não se encontrava ninguém nesse local, a aia decidiu sair de lá, dizendo:
-Abre-te chão!
Então o chão abriu-se e ela saiu, regressou ao palácio muito contente sabendo que com aquela água a princesa podia melhorar.
Quando lá chegou deu a água à princesa e ela logo se começou a sentir melhor.
A aia contou-lhe então tudo aquilo que tinha visto e a princesa ainda ficou mais contente.
A aia voltou lá, desta vez com a princesa e quando chegaram ao sítio que a aia indicara disseram:
-Abre-te chão!
O chão abriu-se e apareceu então o rico palácio.
Elas entraram, esconderam-se e daí a pouco viram o tal coelho banhar-se na bacia e tornar-se outra vez num magnífico príncipe, e então, voltou a dizer:
-Pente, laço, anel de minha senhora,
Vejo a ti, não vejo a ela,
Ai de mim, que morro por ela!
Nesse mesmo momento apareceu a princesa que disse:
-Se morres por mim, aqui me tens!
Então se acabou o encanto do príncipe, que ficou muito feliz por tornar a ver a princesa.
Deu-se o casamento, e o pai dela ficou muito satisfeito.
O mocho e o lobo,
por Rita Gateira, Ana Cristina, Patrícia Mota, Patrícia Costa, Tiago Casqueiro
Era um vez um lobo e um mocho que viviam na floresta. O lobo passeava e o mocho estava num ramo de um pinheiro, no seu ninho com os seus filhotes.
O lobo enroscou o rabo no pinheiro como quem o queria serrar. O mocho disse ao lobo para não serrar o pinheiro, porque senão os seus filhotes cairiam e morreriam. Então, o lobo respondeu-lhe que se o mocho descesse ele não serraria o pinheiro.
O mocho não queria ir, mas afinal sempre foi, indo de ramo em ramo. Depois, perguntou ao lobo o que queria dele, e este respondeu-lhe que se ele queria saber tinha de descer mais ainda. Mas o mocho respondeu que ouvia muito bem dali.
O lobo tornou a dizer para ele ir mais para baixo, que não lhe fazia mal. O mocho, sem querer, desceu e o lobo meteu-o na boca.
De dentro da boca do lobo, o mocho disse-lhe para não o comer, porque ele queria fazer um testamento.
Mas o lobo não o deixou, e o mocho pediu-lhe que o deixasse despedir-se dos seus filhotes. E de novo, o lobo não o deixou, porque ele depois nunca mais voltaria.
Então o mocho disse-lhe para dizer três vezes: “ Mocho comi”, e o lobo disse mas foi tão baixinho, que não se ouviu. À terceira vez, o lobo disse “ Mocho comi” muito alto e abriu tanto a boca, que o mocho saiu de dentro da sua boca e disse “ Outro sim, que não a mim!”
por Ana Rita, Carla Carvalho, André Almeida, Carolina Sobral
O rapaz e o gigante,
Era uma vez dois irmãos chamados Gonçalo e Joaquim.
O Joaquim, o mais velho foi correr o mundo e servir para o estrangeiro.
O amo do Joaquim fez com ele um acordo: o primeiro que se zangasse perdia o ordenado, e o que ganhasse havia de tirar um cinto de pele das costas.
O Joaquim aceitou o acordo.
O amo ao princípio dava-lhe de comer e mandava-o pastar ovelhas para o monte. Até que um dia já não lhe dava nada.
O rapaz já não conseguia aguentar, até que se chateou com o amo.
Ele então tirou-lhe o cinto das costas e não lhe pagou o ordenado.
O Joaquim veio muito triste para casa e contou ao seu irmão Gonçalo.
O Gonçalo disse que ele é que lá ia retribuir o favor ao amo. Foi e aconteceu-lhe o memo.
Mas o rapaz, como o amo não lhe dava pão, cada dia matava no monte uma ovelha e comia-a assada e o amo ia dando por falta das ovelhas até que se irritou com o Gonçalo. O Gonçalo queria que ele lhe pagasse o ordenado e lhe tirasse o cinto das costas. O amo disse-lhe que o ia levar a casa de um amigo, chamado Gigante, para o matar.
O rapaz leu a carta que o amo tinha escrito ao Gigante pelo caminho e não quis voltar atrás.
Chegou a casa do gigante que começou a exigir-lhe trabalhos muito pesados.
Depois de ter feito os trabalhos pesados o Gonçalo fez um buraco no pinheiro e tapou-o.
Foi perguntar ao gigante se ele conseguia furar o pinheiro com um dedo e o gigante ao tentar furá-lo partiu o dedo . O gigante tão assustado mandou o rapaz embora e pagou-lhe o ordenado. Ao ir para casa viu o amo e acabou por ser ele quem lhe tirou o cinto das costas.
Contente, foi para casa e mostrou ao pai e ao irmão mais velho o ordenado e o cinto de pele.
O leão e o grilo,
por Catarina Pontes, Tayline Assis, João Banha, André Batalha
Era uma vez um grilo e um leão estavam convencidos que ambos eram reis, mas só podia haver um no país.
O grilo disse ao leão para ir preparar as suas tropas, pois ele lhe mostraria o motivo de ser rei.
O leão preparou uma grande tropa de cães para ir ter com o grilo ao monte.
O grilo preparou uma tropa de mosquitos que deram uma tareia aos cães do leão
O leão, visto que perdeu, enviou-lhe uma tropa de gatos.
O grilo enviou-lhe uma tropa de moscas que acabaram com os gatos do leão.
Logo a seguir o leão preparou uma tropa de raposas para dar guerra ao grilo.
O grilo então mandou uma tropa de vespas amarelas que destruíram o exército das raposas.
Uma única escapou a nado e foi parar a um regato de água.
O leão preparou uma tropa de lobos e enviou-os para combater os grilos que estavam enterrados.
Os lobos, com as suas unhas, desenterravam-nos, mas só um escapou. O grilo mandou uma tropa de abelhões para atacar os lobos, o grilo teve sorte e escapou sempre a cantar:
- Rei, rei. Rei, rei.
Um único lobo escapou e fugiu serra a baixo, à procura de um lugar escuro. Os abelhões saltaram para cima dele e perseguiram-no.
A raposa do outro lado do regato gritou ao lobo para se atirar à água.
O lobo fez o que a raposa lhe disse, deitou-se à água e afogou-se.
O leão visto que perdeu todas as batalhas contra o grilo foi ter com ele e perguntou-lhe o motivo de ele ser rei. O grilo respondeu que ele era rei dos bichos e o leão rei dos animais, e o cupido rei dos amantes.
São três cabeças reais.
E finalmente o leão percebeu a razão de ser rei dos animais.
O Gigante,
por Maria Pereira, Pedro Menau, Filipa Pamol, Diogo Vidinha
O filho mais velho, o António, quis fazer a sua viagem. Foi tentar a sua sorte trabalhando para um mercador.
Um dia o Luís, o filho mais novo, quis ir visitar o seu irmão, como o pai não o deixara ir sozinho, foram os três, ele, o seu irmão mais novo e o pai.
E lá chegaram à casa do mercador. O pai perguntou pelo filho mais velho, o António, e ele apareceu.
Quando se foram embora, perderam-se no caminho ficando a dormir na floresta mas, o mais novo, o Luís, não conseguiu dormir. Sentia umas rãs a cantar e viu que ali havia terrenos húmidos. Seguiu o cantar das rãs e viu que à medida que se aproximava sentia as rãs mais longe.
Viu um palácio com uma menina ao pé da janela, pediu-lhe um copo de água e ela deu-lho. A menina perguntou-lhe se ele podia quebrar o encanto que o gigante tinha feito, a ela e à sua família.
O Luís viu um monte, e no fundo de uma cova viu um gigante a assar um boi.
O Luís foi ter com ele e disse-lhe que, chamando frango ao boi, comia três ao jantar. O gigante ofereceu-lhe um bocado do boi, o Luís provou-o e disse-lhe que estava mal feito e que o comesse todo sozinho.
O Luís desafiou o gigante de barriga cheia para uma corrida até ao cimo das escadas do palácio. E o gigante aceitou.
O Luís chegou primeiro, agarrou numa bola de ferro e atirou-a à cabeça do gigante, matando-o.
A primeira princesa desencantou-se e disse ao Luís que o encanto da segunda era um mocho. Ele matou-o e desencantou-a.
O encanto da terceira era um galgo. O Luís enforcou o galgo com um laço e desencantou a terceira. Finalmente ele quebrou o encanto do rei e das suas filhas.
O Luís voltou para junto do seu pai e dos seus irmãos. Dirigiram-se para uma estalagem, onde já estavam o rei e as suas filhas. O Luís casou com a primeira, o Diogo com a segunda e o António com a terceira.
O Galo e a Raposa
Era uma vez uma raposa
Uma raposa muito matreira
Avistou umas galinhas
Que não estavam na capoeira
Com as galinhas estava o galo
Preocupado com o seu bem-estar
- Anda cá, anda, raposa!
Que uma corrida vais levar
No meio da barafunda
O galo a raposa enganou
Foi para ao pé dos caçadores
E assim a raposa tramou!Ali no meio do campo
Um lavrador trabalhava
Com ele andava a mulher
Enquanto a filha chorava
Um melro muito atrevido
Por ali andava sozinho
- Ó pai, ó pai, ó pai
Eu quero aquele passarinho
- Larga-me da mão, gaiata!
Tenho mais o que fazer…
Vai lá tu buscá-lo
Se é que o queres ter
O Melro fugia, fugia
E na cabeça da mulher poisou
Sem perder a oportunidade
O homem a sua vara varou
E a pobre mulher, coitada
Sem ter tempo para nada
Dela não se desviou
Olhem para ela agora!
Em vez de um melro na cabeça
Tem agora um galo a cantar!
Mas a história não acaba aqui…
O bom do melro da raposa se queria livrar
Ao lavrador roubou o seu belo jantar
- Ó raposa, olha aqui!
Olha o jantar que tenho para ti!
Onde comem dois comem três
Podemos comer isto de uma só vez:
Podemos comer isto de uma só vez:
Tu, o lobo e eu! Vês?
A raposa o lobo chamou
E eis que ele chega
Faminto, guloso e lambão
Tudo a fera devorou
Só ficaram as migalhas do pão.
De tanto vinho que o lobo bebeu
Tão bêbedo ficou que adormeceu
-Ó pai, ó pai, ó pai!
Olha lá o que aconteceu
O belo do teu jantar
Foi o lobo que o comeu!
O homem desembestado
Na sua vara agarrou
E zás, trás, pás
Pim, pam, pum
Catrapum , pum, pum
Que raio de moral é esta?
A má da fita, a raposa, safa-se
O vilão do melro voou para bem longe
E o pobre do lobo, convidado nesta história
Morreu de pancada, sem honra nem glória!
Muito se aprende!
ResponderEliminarObrigada.